Brasil e China irão ao espaço juntos
Dia
9 de dezembro, 11h26 no horário de Pequim, 1h26 em Brasília.
Enquanto a maioria dos brasileiros estiver dormindo, um seleto grupo
de engenheiros, cientistas, empresários e autoridades estará atento
a uma contagem regressiva no Centro de Lançamento de Taiyuan, na
China, sonhando acordado com o futuro do programa espacial
brasileiro.
Se
tudo correr bem, e a meteorologia colaborar, um foguete de 45 metros,
modelo Chang Zheng 4B, deverá subir aos céus, levando a bordo o
novo Satélite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como
CBERS-3. Metade construída no Brasil, metade na China, a fabricação
custou cerca de US$ 125 milhões para cada país. As
expectativas são as maiores possíveis. Um fracasso na missão
poderá significar um golpe para o já fragilizado programa espacial
brasileiro, que luta para se manter vivo e relevante em meio a uma
série de limitações financeiras, tecnológicas e estruturais. O
programa CBERS (pronuncia-se “sibers”) é uma das poucas coisas
que já deram certo para o Brasil na área espacial. Apesar do número
3 no sobrenome, este será o quarto satélite da série, depois dos
CBERS-1, 2 e 2B – o último dos quais parou de funcionar em maio de
2010, o que significa que o país está cego no espaço há três
anos e meio.

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