sábado, 19 de maio de 2012

Macaco órfão não é o primeiro da família a crescer sem a mãe

Órfão de mãe desde o nascimento, o filhote de macaco verde apelidado de Lequinho pelos funcionários do zoológico do Rio não é o primeiro da família a encarar o desafio de crescer sem o carinho e os cuidados da mãe. Há 18 anos, o pai de Lequinho, o macaco verde Bebeto, foi abandonado pela mãe logo depois de nascer e enfrentou as mesmas dificuldades que Lequinho. “Em algumas situações, essa rejeição ocorre quando é a primeira cria da mãe. O Bebeto foi alimentado pelos funcionários daqui, da mesma forma que o Lequinho. O pai também  ficava sob os cuidados dos tratadores aqui do zoológico durante o dia e durante a noite era levado para a casa do biólogo que cuidava dele”, explica Anderson Mendes Augusto, de 40 anos, que era tratador do macaco Bebeto e hoje é o biólogo responsável pelos cuidados de Lequinho. Apelidado de Lequinho em função do jeito moleque e da agitação, o filhote perdeu a mãe no dia seguinte ao seu nascimento. A macaca verde teve complicações no pós-parto e Lequinho foi temporariamente adotado pela avó, a mesma fêmea que há 18 anos rejeitou Bebeto.  Só que mais uma vez a macaca não conseguiu amamentar um filhote. Dessa vez, no entanto, o motivo não foi rejeição, mas a idade avançada. Aos 23 anos de idade, ela já é considerada uma macaca velha e não tem mais condições de amamentar. O filhote foi levado para uma área especial do zoológico e, assim como o pai, passou a ser alimentado com leite especial para recém-nascidos. Durante o dia Lequinho fica em uma sala especial do zoológico e a noite vai para casa de Anderson, que cuida do bebê com muita dedicação. Atualmente com dois meses de idade, Lequinho pesa 665 gramas e mede 25 centímetros, sem incluir a cauda. Somente quando estiver maior e com mais de um ano de idade que os biólogos do zoológico devem começar a aproximação entre Lequinho e a família.


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