Macaco órfão não é o primeiro da família a crescer sem a mãe
Órfão de mãe desde o nascimento,
o filhote de macaco verde apelidado de Lequinho pelos funcionários do zoológico
do Rio não é o primeiro da família a encarar o desafio de crescer sem o carinho
e os cuidados da mãe. Há 18 anos, o pai de Lequinho, o macaco verde Bebeto, foi
abandonado pela mãe logo depois de nascer e enfrentou as mesmas dificuldades
que Lequinho. “Em algumas situações, essa rejeição ocorre quando é a primeira
cria da mãe. O Bebeto foi alimentado pelos funcionários daqui, da mesma forma
que o Lequinho. O pai também ficava sob os cuidados dos tratadores aqui
do zoológico durante o dia e durante a noite era levado para a casa do biólogo
que cuidava dele”, explica Anderson Mendes Augusto, de 40 anos, que era
tratador do macaco Bebeto e hoje é o biólogo responsável pelos cuidados de
Lequinho. Apelidado de Lequinho em função do jeito moleque e da agitação, o
filhote perdeu a mãe no dia seguinte ao seu nascimento. A macaca verde teve
complicações no pós-parto e Lequinho foi temporariamente adotado pela avó, a
mesma fêmea que há 18 anos rejeitou Bebeto. Só que mais uma vez a macaca
não conseguiu amamentar um filhote. Dessa vez, no entanto, o motivo não foi
rejeição, mas a idade avançada. Aos 23 anos de idade, ela já é considerada uma
macaca velha e não tem mais condições de amamentar. O filhote foi levado para
uma área especial do zoológico e, assim como o pai, passou a ser alimentado com
leite especial para recém-nascidos. Durante o dia Lequinho fica em uma sala
especial do zoológico e a noite vai para casa de Anderson, que cuida do bebê
com muita dedicação. Atualmente com dois meses de idade, Lequinho pesa 665 gramas e mede 25 centímetros, sem
incluir a cauda. Somente quando estiver maior e com mais de um ano de idade que
os biólogos do zoológico devem começar a aproximação entre Lequinho e a família.
Nenhum comentário:
Postar um comentário