quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Combinação de remédios de uso comum pode ser desastrosa

A combinação de diferentes remédios, inclusive aqueles de uso comum, presentes em qualquer caixinha de medicamentos, pode representar um perigo. O uso simultâneo de dois medicamentos pode fazer com eles reajam entre si. Como resultado, um pode anular ou potencializar o efeito do outro, ou ainda criar uma reação diferente.   Até mesmo os colírios, tido por muitas pessoas como ‘aguinha’ para pingar indiscriminadamente nos olhos, exigem atenção. Se usados de forma errada ou sem indicação médica podem até cortar o efeito de anticoncepcionais. Este é o caso da combinação do colírio antibiótico (ou antibiótico oral) com a pílula.  O antibiótico pode acelerar o metabolismo de outro medicamento, fazendo com que ele perca o efeito”, explica Amouni Mourad, professora do curso de farmácia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. “Quando a pessoa está usando um antibiótico, recomendamos que ela faça uso de outros meios contraceptivos, até o término do tratamento”, alerta.  As pessoas que tomam anti-hipertensivo, não devem usar colírios vasoconstritores, aqueles que evitam os olhos vermelhos, pois a combinação anula o efeito do remédio e a pressão arterial não é diminuída. Já quem usa medicamentos antiarrítmicos ou antiespasmódicos e colírios vasoconstritores sentirá taquicardia.  Assim como os colírios, qualquer outro remédio pode esconder interações perigosas, dependendo do princípio ativo, do horário que é tomado, ou até do meio de absorção. Queiroz Neto ressalta que é preciso saber quais outros remédios o paciente está usando para não correr o risco de acontecer combinações desastrosas.

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