Fazendeiro pega 30 anos por mandar matar Dorothy Stang
O
fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi condenado pouco
antes da meia-noite desta quinta-feira, 19, em Belém do Pará, a 30
anos de prisão, por ter mandado matar, em 12 de fevereiro de 2005, a
missionária americana Dorothy Stang. Iniciado às 8 horas da manhã,
no Tribunal do Júri, o julgamento estendeu-se até pouco mais de 22
horas. Os jurados tomaram sua decisão em menos de uma hora e a
sentença foi anunciada pelo juiz Raimundo Moisés Flexa. No entanto,
o fazendeiro tem o direito de recorrer novamente.
Durante
várias horas, os advogados de defesa de Bida sustentaram que ele foi
apontado como criminoso por não ter aceito fazer parte de um esquema
de propina que garantia segurança policial privada a fazendeiro e
madeireiros da região de Anapu, a Oeste do Pará - onde o crime
aconteceu.
Foi
o quarto julgamento do fazendeiro. Nos três anteriores, ele foi
absolvido uma vez e condenado em outras duas. Morta a tiros, a
missionária Dorothy Stang, que tinha 73 anos, pertencia à ordem
missionária Notre Dame e trabalhava junto a comunidades pobres de
Anapu. Sua morte teve grande repercussão fora do País.
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